A dor orofacial afeta cerca de 7% da população. A sua abordagem inicial é usualmente realizada por dentistas e médicos generalistas, e somente em um segundo momento por médicos especializados, o que por muitas vezes atrasa o tratamento correto. A maioria das dores orofaciais são constantes, devendo ser diferenciadas das dores chamadas episódicas, uma vez que o tratamento de uma difere completamente do tratamento da outra. A dor pode ter origem miofascial (proveniente dos músculos), articular (articulação têmporo-mandibular), neuropática (trigêmeo, glossofaríngeo), infecção, tumores, dentre outras causas. O diagnóstico adequado é fundamental para a escolha do tratamento.
Dores trigeminais típicas, que ocorrem em choque, com períodos de crise e com gatilhos específicos, como escovar os dentes, mastigar, pentear os cabelos, dentre outros, possuem tratamento distinto dos pacientes que possuem dor constante, de forma contínua.
Em relação aos tratamentos, podemos citar as terapias medicamentosas, cuja resposta varia de paciente para paciente; fisioterapia facial especializada; bloqueios/infiltrações musculares (anestésico local, botox); radiofrequência e descompressão do trigêmio; bloqueio de gânglio estrelado e esfenopalatino. Cada caso precisa ser avaliado individualmente para a escolha do melhor tratamento.