O ombro congelado é uma condição de gravidade variável caracterizada pelo desenvolvimento de limitação global do movimento ativo e passivo do ombro. O ombro congelado também é conhecido como capsulite adesiva, ombro rígido doloroso e periartrite. O ombro congelado ocorre unilateralmente e geralmente é autolimitado, embora as evidências sobre o prognóstico sejam limitadas, e o curso possa ser prolongado.
O ombro congelado pode ser primário (ou idiopático), mas é frequentemente associado a outras doenças e condições. Pacientes com diabetes mellitus estão em maior risco de desenvolver ombro congelado.
A fisiopatologia do ombro congelado não é totalmente compreendida. Uma hipótese comum baseia-se em observações artroscópicas de que a inflamação ocorre inicialmente, especialmente dentro e ao redor da prega axilar da cápsula articular, da cápsula articular anterossuperior, do ligamento coracoumeral e do intervalo do manguito rotador, seguido pelo desenvolvimento de aderências e fibrose do revestimento sinovial.
Estudos preliminares sugerem que a fisiopatologia do ombro congelado difere entre as partes superior e inferior da cápsula articular. Em parte, o processo envolve espessamento e contração da cápsula articular glenoumeral e do tecido colagenoso ao redor da articulação, reduzindo significativamente o volume articular.
O ombro congelado é comumente descrito em três fases:
Na fase inicial há desenvolvimento de dor no ombro difusa, grave e incapacitante que é pior à noite e aumento da rigidez que dura de dois a nove meses.
Na fase intermediária aparece rigidez e perda severa do movimento do ombro. Entretanto a dor se torna menos pronunciada.
Na fase de recuperação com um retorno gradual da amplitude de movimento.
A dor típica de paciente com ombro congelado é noturna. A incapacidade significativa restringe as atividades de vida diária, trabalho e lazer. Mais tarde no curso, à medida que a rigidez e a perda severa do movimento do ombro passam a predominar, a dor persiste. Existem diferentes graus de função prejudicada associados ao ombro congelado.
Uma articulação glenoumeral rígida e dolorosa dificulta a realização de um exame completo do ombro. No entanto, os pacientes com ombro congelado geralmente demonstram reduções significativas na amplitude de movimento ativa e passiva em dois ou mais planos em comparação com o ombro não afetado. Na maioria dos casos, a rotação externa e a abdução são os movimentos mais afetados. Pacientes com ombro congelado muitas vezes demonstram dificuldades em colocar a mão nas costas ou nádegas.
Em pacientes com ombro congelado, normalmente há menos dor com o teste isométrico da força do ombro. Essa limitação em movimento é uma verdadeira restrição mecânica e não uma limitação relacionada à dor.
As radiografias simples são de uso diagnóstico limitado em pacientes com ombro congelado; na maioria das vezes, o filme simples é normal, exceto para osteopenia em alguns casos.
No ombro congelado, a ressonância magnética geralmente mostra:
Embora não haja achados específicos de ultrassonografia para o ombro congelado, uma avaliação ultrassonográfica pode ser útil.
O diagnóstico de ombro congelado é suspeito em pacientes que se queixam predominantemente de dor e rigidez unilateral no ombro, seja com início espontâneo sem causa subjacente ou subsequente à cirurgia ou lesão do ombro.
O diagnóstico é confirmado pela demonstração de amplitude de movimento reduzida da articulação glenoumeral que não é devido a outras condições dolorosas. Nenhum teste específico fornece o diagnóstico. A radiografia simples, a ultrassonografia e a ressonância magnética podem ser usadas para descartar outras condições e confirmar a probabilidade do diagnóstico correto.
Os primeiros sintomas e sinais de ombro congelado podem ser confundidos com patologia subacromial. Pacientes com patologia subacromial geralmente apresentam uma história ocupacional ou atlética de levantamento pesado ou movimentos repetitivos, especialmente acima do nível do ombro. Pacientes com tendinopatia do manguito rotador e bursite subacromial frequentemente se queixam de dor relacionada à atividade e problemas para realizar atividades habituais. Em contraste, os pacientes com uma condição subacromial dolorosa demonstram amplitude de movimento ativa limitada, enquanto a amplitude de movimento passiva é preservada.
Outros problemas que ocorrem com menos frequência, mas estão incluídos nos diagnósticos diferenciais do ombro congelado, incluem dor referida do pescoço ou diafragma, doença degenerativa do disco da coluna cervical, isquemia miocárdica, polimialgia reumática e malignidade, particularmente cânceres de pulmão apical e metástases.
Na maioria dos casos, o ombro congelado é uma condição autolimitada, embora a resolução completa pode não ocorrer em alguns pacientes.
A educação do paciente é importante para reduzir a frustração e garantir a adesão ao tratamento. Anti-inflamatórios não esteroidais assim como analgésicos opioides podem ser necessários. Os tratamentos não operatórios comuns para o ombro congelado incluem fisioterapia, glicocorticoides administrados por via oral ou injeções intra-articulares.
Neste post você aprendeu um pouco sobre o que é o ombro congelado e quais são suas principais características. Para continuar aprendendo, confira este post sobre como efeito o exame físico de ombro.
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